02/10/2015 11h34 - Atualizado em 21/12/2016 11h10

Ceturb: passe livre mais fácil para pessoa com deficiência permanente

Mais de onze mil pessoas com deficiência permanente, que usam o passe livre para se locomover na Grande Vitória, não vão mais precisar fazer perícia médica para renovar o cadastro junto à Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV). A mudança acontecerá a partir do dia 19 de outubro, quando começa a ser usado um novo programa, criado especificamente para esse fim.
O novo sistema de controle do passe livre foi desenvolvido na plataforma web, possibilitando o acesso via internet em qualquer hora e qualquer lugar sem precisar instalar qualquer programa.
Além disso, irá possibilitar o controle de toda tramitação para a obtenção do passe livre de forma digital, antes realizados, em grande parte, manualmente.

O sistema centralizará os procedimentos permitindo uma praticidade e facilidade no atendimento junto à população. Desta forma, resultará em um atendimento mais ágil e diminuirá consideravelmente o uso de papel.
Para manusear a nova ferramenta, foram realizados treinamentos com diversos grupos de atendentes da Ceturb, do GVBus, dos postos de atendimento localizados nos terminais e do Faça Fácil, totalizando 25 pessoas.
Benefício
Hoje, todos os beneficiários do passe livre precisam renovar o cadastro a cada dois anos. No caso dos permanentes, a cada dois anos era necessária a apresentação do laudo médico atestando a deficiência. A partir do dia 19, quem fizer o recadastramento terá de trazer o laudo pela última vez.
O gerente de Atendimento ao Usuário, Gilmar Pahins Pimenta, explica que além de facilitar a vida da pessoa com deficiência permanente, o novo procedimento também vai aliviar a rede pública de saúde. “Temos hoje 11.187 deficientes permanentes no nosso cadastro. Isso quer dizer que mais de onze mil consultas com especialistas da rede pública deixarão de ser feitas, dando oportunidade a outros pacientes que precisem desses profissionais por razões diversas”.
Para facilitar ainda mais o recadastramento de pessoas com deficiência permanente, a Ceturb, em parceria com a médica perita, vai analisar cada caso, a partir do dia 19. “Casos em que a deficiência permanente seja incontestável não será necessário fazer a última perícia na rede pública. Nós mesmos atestaremos. Já nos casos em que a deficiência permanente precise de comprovação, ainda será necessário fazer o último laudo. A expectativa é a de que em dois anos, gradativamente, todos os permanentes sejam recadastrados dentro do novo sistema.
O gerente de atendimento ressalta que para o primeiro cadastro e para o recadastramento de deficientes temporários, o laudo pericial emitido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) continua sendo obrigatório.
Aprovado
Rogério, Imaculada, Clemiriam e Jorge comemoraram e agradeceram pela nova medida. Os quatro são beneficiários do passe livre e, apesar das histórias distintas, conhecem bem a rotina para a obtenção do laudo médico do SUS. O funcionário público Jorge Correia Maciel usa o passe livre como acompanhante do irmão, que tem deficiência permanente. “Muitas vezes para conseguir uma consulta com especialistas, levamos até seis meses. Agora, será mais fácil ter o nosso direito garantido”.
A técnica em contabilidade Maria Imaculada Ferreira usa o passe livre desde 2008. “Minha carteirinha vale até outubro de 2016. Vai ficar melhor agora, pois só vou precisar apresentar o laudo mais uma vez. É uma vitória para quem precisa do benefício para trabalhar ou estudar. Menos burocracia”.
O atendente de telemarketing Rogério Manoel Furtado, que há 10 anos usa o benefício do passe livre, ficou bastante entusiasmado com a notícia: “É muito bom! No ano que vem, vou fazer a última perícia com essa finalidade. Apesar de o laudo sair rápido, a espera pela consulta é sempre longa”.
Quem também gostou da novidade foi a técnica em mecânica e manutenção industrial Clemiriam das Graças Silva. “Vai ser uma facilidade para quem tem limitações de locomoção. E também vamos poder usar o laudo pericial para outros fins, como emprego e estudo, pois os laudos originais ficavam retidos”.
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