Perguntas Frequentes
Perguntas
- Como é calculada a tarifa do Sistema Transcol?
- Por que se diz que o Sistema Transcol possui uma das tarifas mais baixas do país, se o seu preço se equipara ou supera o das demais regiões metropolitanas brasileiras?
- Se a tarifa do Transcol é integrada, como é feita remuneração das diferentes empresas que transportam um mesmo usuário que pagou uma só passagem?
- O que é Câmara de Compensação Tarifária?
- A Ceturb-GV lucra com a cobrança de passagens?
- O Serviço Seletivo se mantém com receita própria ou recebe transferência da Câmara de Compensação Tarifária do Transcol? Não seria injusto o usuário comum pagar por um transporte que ele não usa?
- É verdade que os funcionários da Ceturb-GV não pagam passagem de ônibus?
- Qual a velocidade média dos ônibus do Transcol?
- Como é calculada a oferta de viagens de cada linha de ônibus?
- Por que ocorre superlotação nos ônibus do Transcol, se a oferta é calculada de acordo com a demanda?
- O que é PDTU e para que serve?
- Os motoristas e cobradores do Sistema Transcol são realmente treinados para atender melhor os passageiros?
- A Ceturb-GV possui frota própria e emprega motoristas e cobradores?
- A Ceturb-GV é responsável pelo transporte coletivo nos municípios de Vitória e Vila Velha?
1) Como é calculada a tarifa do Transcol?
A tarifa do Sistema Transcol é definida quando se divide o custo por quilômetro pelo Índice de Passageiros por Quilômetro, o IPK.
O custo por quilômetro é levantado somando-se os gastos que as empresas têm para executar o serviço, incluindo instalações, oficinas, pessoal de manutenção, de operação e administrativo, peças, combustível, pneus etc.
O Índice de passageiros por Quilômetro (IPK) representa a divisão do total de passageiros transportados pelo total de quilometragem percorrida.
2) Por que se diz que o Sistema Transcol possui uma das tarifas mais baixas do país, quando seu preço se equipara ou supera o das demais regiões metropolitanas brasileiras?
Embora o valor da tarifa integral do Transcol se equipare ou supere tarifas de outras regiões metropolitanas, não podemos nos esquecer de que o usuário do Transcol paga somente uma tarifa em cada deslocamento, tornando realmente o custo dos deslocamentos metropolitanos um dos mais baixos do país.
Nos terminais de integração da Grande Vitória, os embarques são feitos sem pagamento adicional de tarifa, havendo realmente a integração tarifária, ao contrário do que acontece em muitas outras cidades. Nas demais cidades, apesar de o transporte coletivo praticar tarifas menores, o usuário tem que pagar uma nova passagem cada vez que troca de ônibus para prosseguir viagem, aumentando o custo final de seu deslocamento.
A tarifa única permite, por exemplo, que um usuário faça uma viagem de Praia Grande, em Fundão, até Ponta da Fruta, em Vila Velha, a cerca de 90 km de distância, pagando R$2,00.
3) Se a tarifa do Transcol é integrada, como é feita remuneração das diferentes empresas que transportam um mesmo usuário que pagou uma só passagem?
A remuneração do Sistema Transcol é feita com base em diversos indicadores, incluindo, por exemplo, o tipo de veículo utilizado pela empresa. Mas o principal fator que define a remuneração é a quilometragem rodada. Ou seja, cada empresa recebe de acordo com a quantidade de quilômetros percorridos, ou seja, pelo que produz.
Portanto, a extensão percorrida por cada empresa é que irá definir o que lhe caberá da receita arrecadada pelo sistema. Se uma empresa arrecadou menos do que lhe coube, terá direito a um crédito, e, se arrecadou a mais, terá que repassar o excedente. É o que se chama compensação. A verificação daquilo que é devido a cada empresa é feita semanalmente pela Câmara de Compensação Tarifária.
A quilometragem é determinada pela Ceturb-GV através da programação de linhas (horários e itinerários).
4) O que é Câmara de Compensação Tarifária?
A Câmara de Compensação Tarifária (CCT) é o órgão instituído com a finalidade de estabelecer a remuneração das empresas de acordo com a arrecadação e produção quilométrica de cada uma delas. A CCT reúne-se a cada dez dias para fazer o acerto de contas entre arrecadação e prestação do serviço.
5) A Ceturb-GV lucra com a cobrança de passagens?
A Ceturb-GV é uma empresa pública estadual, criada com a finalidade de gerenciar o transporte coletivo na Região Metropolitana da Grande Vitória. Como empresa pública, não tem fins lucrativos. Toda a receita da empresa é destinada integralmente à prestação dos serviços a que é obrigada por lei. A maior parte desses recursos vem da Taxa de Gerenciamento, correspondente a 5,0% sobre o que é arrecadado pelo sistema.
É importante ressaltar que a Ceturb-GV se mantém com receitas próprias, sem utilizar recursos do Governo do Estado.
6) O Serviço Seletivo se mantém com receita própria ou recebe transferência da Câmara de Compensação Tarifária do Transcol? Não seria injusto o usuário comum pagar por um transporte que ele não usa?
O Serviço Seletivo não é subsidiado pelos usuários do Sistema Transcol. É mantido única e exclusivamente por seus próprios usuários. Portanto, o usuário do Transcol não paga pelo Seletivo. Caso fosse verdadeiro, realmente seria uma injustiça.
7) É verdade que os funcionários da CETURB-GV não pagam passagem de ônibus?
Os funcionários da Ceturb-GV pagam passagem como qualquer outro usuário. Até mesmo os agentes de transporte encarregados de fiscalizar o sistema pagam passagem. Portanto, é falsa a informação de que os empregados da Ceturb-GV tenham esse privilégio.
8) Qual a velocidade média dos ônibus do Transcol?
Atualmente, nas linhas troncais, a velocidade média dos veículos está em 22,5 km/h. A velocidade média das linhas alimentadoras, que ligam os bairros aos terminais, é de 20,2 km/h.
A velocidade média que um veículo desenvolve depende de diversos fatores. Alguns deles: o tipo e a qualidade de piso, o trânsito, o número de pontos de parada no percurso, quebra-molas etc. Dentre esses, na área central, o fator que mais condiciona a velocidade do veículo é a própria velocidade do trânsito geralmente muito lento em diversos pontos, especialmente na capital.
Os serviços tipo Expresso atinge a velocidade média de 27,9 km/h.
9) Como é calculada a oferta de viagens de cada linha de ônibus?
A Ceturb-GV programa a oferta de ônibus de acordo com a demanda de passageiros de cada linha. Na programação, é considerada a capacidade normal do ônibus. Assim, se em um determinado horário, a demanda é de 800 usuários e a capacidade do veículos é de 80 passageiros, a Ceturb-GV disponibiliza 10 veículos para o atendimento, sem contar ônibus de reserva para o caso de alguma eventualidade, como quebra ou aumento inesperado do número de passageiros.
10) Por que ocorre superlotação nos ônibus do Transcol, se a oferta é calculada de acordo com a demanda?
É importante observar que no cálculo do número de veículos estão computados também os lugares em pé e não apenas os lugares sentados. Porém, é respeitada a capacidade normal do veículo, com espaço para circulação. Por que, então, as superlotações ocorrem?
Embora a oferta de veículos esteja dimensionada para uma lotação normal, o grande volume de passageiros nos "horários de pico", no início e final das jornadas de trabalho da indústria, comércio e demais serviços, combinado com o congestionamento de trânsito produzido por um aumento extraordinário do volume de carros nas ruas nesse período, provoca um desencontro inevitável entre a oferta e a demanda.
Nesses períodos, tanto o horário fixo para a chegada ao serviço quanto o desejo de retornar o mais rápido à sua casa levam o usuário a não aguardar o próximo veículo, causando as superlotações. A superlotação é um problema mais estrutural do que meramente técnico e atinge até os mais desenvolvidos meios de transporte coletivo, como sistemas rodoviários e metroviários de grandes cidades como São Paulo, Londres, Nova Yorque e Tóquio..
A lotações adotadas pela Ceturb-GV para o cálculo da oferta de veículos são as seguintes:
Ônibus Convencional | 80 passageiros |
Ônibus Padron | 90 passageiros |
Ônibus Articulado | 150 passageiros |
11) O que é PDTU e para que serve?
O Plano Diretor de Transporte Urbano de uma cidade (PDTU) é um instrumento de importância vital para o futuro do transporte público de cargas e de passageiros em uma cidade ou região metropolitana. Trata-se de um estudo com o objetivo de traçar as linhas gerais de intervenção física e oferecer informações básicas e estruturais de planejamento para o futuro, geralmente compreendendo um período de 10 a 20 anos.
A Região da Grande Vitória está atualmente terminando seu novo Plano Diretor Urbano, enfocando especialmente a infra-estrutura viária e o sistema modal de transportes. A Ceturb-GV participa ativamente da elaboração desse novo PDTU.
12) Os motoristas e cobradores do Sistema Transcol são realmente treinados para atender melhor os passageiros?
Todas as empresas operadoras do Sistema Transcol, Serviço Seletivo e Serviço Especial Mão na Roda possuem psicólogos e assistentes sociais que dão treinamento aos motoristas, cobradores e fiscais. Esse treinamento é uma exigência para admissão dos profissionais e possui, dentre outros, um módulo dedicado à qualidade no atendimento, às relações interpessoais e ao trato com as pessoas com deficiência.
13) A Ceturb-GV possui frota própria e emprega motoristas e cobradores?
A Ceturb-GV não é dona de ônibus, nem possui em seu quadro de funcionários motoristas e cobradores de ônibus. Cabe a essa companhia gerenciar o Sistema de Transporte Metropolitano na Grande Vitória, concedendo a operação a empresas privadas, essas sim, donas das frotas de ônibus e responsáveis pela contratação de motoristas e cobradores, bem como a realização de cursos e programas de reciclagem.
14) A Ceturb-GV é responsável pelo transporte coletivo nos municípios de Vitória e Vila Velha?
A Ceturb-GV é a gestora do Sistema Transcol, do Serviço Seletivo da Grande Vitória e do Serviço Especial Mão na Roda. Os sistemas de transporte público que circulam somente em Vitória e Vila Velha são gerenciados pelas secretarias de transporte e trânsito desses municípios, não tendo qualquer relação com o Sistema Transcol. Nos municípios de Serra, Cariacica e Viana, que não possuem sistemas próprios de transporte coletivo, a operação do serviço municipal é realizada pela Ceturb-GV, por meio de convênio.