07/01/2022 12h20

Tarifa do Transcol terá reajuste de 5% a partir deste domingo (09)

O realinhamento de preços é necessário para cumprir o contrato de concessão do sistema.

 

Começa a vigorar, neste domingo (09), a nova tarifa do Sistema Transcol, que passa de R$ 4,00 para R$ 4,20, um reajuste de 5%. O realinhamento de preços é necessário para cumprir o contrato de concessão do sistema, assinado em 2014, que prevê reajustes anuais no mês de janeiro. O índice de reajuste aplicado ficou bem abaixo da inflação acumulada, que fechou o ano em 10,74% (IPCA).

Se comparada às tarifas cobradas nos Estados da Região Sudeste, e levando em consideração que os demais Estados da região ainda não aplicaram reajustes, a passagem do Transcol continua sendo uma das mais baratas. No Rio de Janeiro, desde 2020 a passagem vale R$ 4,05; em São Paulo, desde janeiro de 2020 custa R$ 5,10 e Belo Horizonte, desde janeiro de 2021 vale R$ 5,85.

A tarifa com desconto no domingo, passará de R$ 3,50 para R$ 3,65 e o Bike GV sai de R$ 2,00 para R$ 2,10. O índice foi apresentado na reunião do Conselho Gestor dos Sistemas de Transportes Públicos Urbanos de Passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória (CGTRAN), colegiado que delibera sobre tarifa, na manhã desta sexta-feira (07), no auditório do Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES), em Vitória. O conselho tem representantes do Governo, da iniciativa privada e da sociedade civil organizada.

Segundo o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno houve uma solicitação de reajuste de 20% por parte das empresas, equivalente a R$ 4,80 20%. “Ponderamos junto à Ceturb, o Conselho e a própria Semobi, para aplicar um percentual de menos da metade da inflação. Conseguimos manter o subsidio em um patamar saudável e diminuir a pressão da inflação para o usuário”.

O diretor-presidente da Ceturb-ES, Raphael Trés, acrescentou que por conta do sistema equilibrado e da tarifa justa, será possível, para 2022, adquirir um novo software de planejamento vai trazer mais velocidade a prestação do serviço da Companhia. “O investimento em tecnologia tem proporcionado a otimização do sistema e a melhoria do serviço prestado”.


Atualmente, o Sistema Transcol opera com 1,6 mil veículos na frota, aproximadamente 12,7 mil viagens diárias e 520 mil passageiros, por dia, considerando dias úteis. Com tarifa única para todo o sistema, é possível ir de Setiba, em Guarapari, até Praia Grande, no município de Fundão, percorrendo cerca de 100 quilômetros.

Em 2021, o sistema foi ampliado, passando a operar as linhas que atendem ao município de Vitória. Como a Capital não tem um terminal, foi implantado o sistema de integração temporal que permite aos usuários de Vitória pagar uma tarifa e embarcar em linhas troncais (que vão de terminal a terminal), em pontos e vias pré-estabelecidos.


Novos ônibus


Desde o início de 2019, o Governo do Estado vem desenvolvendo uma série de ações para modernizar o transporte público da Região Metropolitana da Grande Vitória, entre elas, a aquisição de 600 veículos 0km, com ar-condicionado para a frota do Sistema Transcol. Deste total, 430 veículos já estão circulando no sistema.

Além disso, para 2022, está prevista a aquisição de 180 novos veículos, sendo quatro elétricos que serão testados e farão o trajeto do terminal de Laranjeiras até o de Campo Grande. Se aprovados tecnicamente, será estabelecido um cronograma de aquisição desse tipo de veículo, que vai ser importante para o programa de carbono zero do Estado.

 
Fórmula paramétrica

No contrato de Concessão do Transcol, está definido que os reajustes da tarifa são anuais e obedecem a uma fórmula de cálculo que leva em consideração custos como mão de obra, combustível e veículos. Desde o último reajuste, em janeiro de 2021, a variação foi de 11,08% para salários; em média, 50% para o diesel; 16,92% para veículos; e 17,17% do IGP-DI.

A fórmula é constituída de um conjunto de índices de variações de preços dos principais insumos utilizados na produção e prestação dos serviços do Transcol, distribuídos da seguinte forma:


- 20% da variação do preço do litro de óleo diesel;

- 16% da variação dos veículos;

-  54% da variação dos salários de motoristas e cobradores;

- 10% da variação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) calculado e publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A soma das variações desse conjunto de índices de preços, ponderado pelo peso de cada tipo de insumo, resulta no índice de variação do valor da tarifa que é parcialmente paga pelos usuários e parcialmente paga por meio de subsídios do Governo do Estado.



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